terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Acupuntura, mente-espírito e estados fásicos da consciência


Este texto foi adaptado de um capítulo da monografia de especialização em acupuntura intitulado “O mar de dentro, um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema etnomédico chinês”, orientado pelo biofísico e acupunturista Prof. Jurecê Machado no curso de formação que ministrava, vinculado a Associação Brasileira de Acupuntura - seção da Bahia, inaugurada por Dr Heackel Mayer. Elabora uma revisão das referências às antigas descrições do “mar de medula”, relacionando este órgão que corresponde a concepção chinesa de cérebro, às modernas aplicações da acupuntura nas doenças nervosas (neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas e psicossomáticas).

O presente objetivo é a descrição da concepção tradicional chinesa de mente ou consciência, enquanto função que permite o pleno domínio das emoções e adaptação do indivíduo a seu ambiente - a longevidade numa perspectiva materialista e a imortalidade numa concepção espiritualista, dedutível pelo uso de um mesmo ideograma (shén) para mente e espírito como veremos.

O exercício de algumas das diversas técnicas de concentração e domínio da atenção ou meditação, que conhecemos aqui no ocidente, tem origem no Taoísmo, no Budismo, nas religiões tibetanas, e no Hatha Yoga indiano. Podem ser descritas como técnicas  psicofisiológicas análogas, e são delas derivadas. Dispensam apresentação, por exemplo, as conhecidas técnicas de relaxamento progressivo e treinamento autógeno de Edmund Jacobson (1888-1983) e Johannes Heinrich Schultz (1884-1970) onde está implícito reconhecimento da neurofisiologia ou função cerebral da "consciência", nestes exercícios e função que ocupa uma posição central na neuropsiquiatria ocidental.

O interesse especial do estudo neurofisiológico da acupuntura em estender-se às técnicas taoístas, também designadas como alquímicas (da alquimia chinesa), não é apenas pelo exercício e rigor de uma abordagem antropológica que explora a unidade e diferenciação étnica dos povos asiáticos. Segue a clássica recomendação maussiana [2] de análise do “fato social total”  ou seja a recomendação de que um estudo não deve limitar-se a comparação de um item isolado ou um só aspecto de uma cultura.

Pode-se afirmar que o maior interesse da acupuntura nesta seara da neurociência é decifrar o enigmático conceito e ideograma do Shen que tanto pode ser entendido como espírito como por mente – consciência, ligado ao coração. Um dos cinco aspectos mentais juntamente com o Hun (alma etérea), o Po (alma corpórea) pertencente ao pulmão; Yi (intenção, tendência) e o Zhi (memória) ligado ao rim e jing ancestral e à própria mente (Shen). [3] Nesse texto nos ocuparemos do Shen comparando-o com as possíveis interpretações da neurofisiologia ocidental e concepções indianas das descrições de Patanjali.

Observe-se que nesta descrição está o modelo de mente-consciência como função que regula o corpo (Po - alma corpórea), permite a imortalidade (Hun -alma etérea) constituindo os desejos conscientes e tendências (Yi – intelecto) e a memória e a aspiração (instinto de sobrevivência) ou o shen – substância mental. Exploramos a relação desta com as emoções, meridianos e cérebro (o mar de medula) em um outro artigo sobre tal concepção abstrata de aplicações clínicas que é o objeto de nossa tese. No momento interessa-nos apenas o entendimento do shen enquanto representação do que entendemos por espírito – mente – consciência.

Como dito algumas das "modernas" técnicas de intervenção no tônus muscular e controle da tensão nervosa tem origem oriental e foram efetivamente incorporadas à medicina ocidental (neuropsiquiatria), com os nomes de: auto-hipnose, hipnose, treinamento autógeno, técnicas de relaxamento progressivo. Entre as formas de interpretação de tais efeitos ainda se utiliza o referencial teórico da neurofisiologia russa (pavloviana) sobre atividade nervosa superior, estados de fase e a consciência, [4, 5]  Embora grandes avanços se registrem no que atualmente designamos por funções executivas; “atividade da rede neural de modo padrão” (DMN Default Mode Network); [6] ou mesmo na própria neurofisiologia russa que relaciona os mecanismos da atenção (a unidade do tono, vigília e estados mentais) aos sistemas de assimilação - processamento (unidade de receber, analisar e processar informações) e execução de ações (unidade de programar, regular e verificar atividades), as três unidades funcionai propostas por A. R. Luria (1903-1978) para descrição da organização cerebral das atividades mentais. [7]

Contudo neste texto interessa nos o registro de que são essencialmente semelhantes: as descrições orientais (chinesas e indianas) de consciência e suas variações, e as  descrições ocidentais da consciência (atividade nervosa superior) e seus estados fásicos, detectáveis no eletroencefalograma. A consciência compreendida como frequência de ondas presentes entre a vigília e o sono, a saber: o estado de alerta; o estado alfa; o sono com sonhos (REM - Rapid Eyes Movement), o sono sem sonhos NREM (Non-Rapid Eyes Movement) e o estupor - coma.




Uma diferença básica entre essas concepções é observada quanto a diferenciação dos graus de estupor e coma (escala Glasgow) no ocidente. Alguns autores distinguem ainda os estados de letargia, também semelhante à estado homônimo obtido por hipnose e anestesia ou, se forem mais graves, obnubilação (pré comatosa).  Ainda se pesquisa a existência ou desenvolvimento de estados metabólicos semelhantes à hibernação e/ou a crença na vida sem batimentos cardíacos e respiração nos estados catalépticos dos yogues e faquires no oriente. Pouco se sabe também sobre os estados de delírio, consciência alterada e ampliada.

Esta constatação nos situa então diante de dois grandes problemas que apenas a metodologia etnohistórica não parece ser suficiente (1) a comparação de crenças ou sistemas etnomédicos orientais (asiáticos) e (2) a comparação destes com pesquisas e teorias da medicina cosmopolita ocidental.

Segundo Tierra especialista em medicina oriental e tradutor de "Tao e Dharma" de Robert Svoboda e Arnie Lade, [8] um livro que explora as semelhanças e diferenças entre a medicina chinesa e ayurvedica, a distinção entre esses sistemas foi acentuado pelo modo como foram incorporados ao ocidente nas décadas de 70 e 80. Para acupuntura, onde se caracteriza uma abordagem físico-materialista houve um esforço desde a China para adaptar esta ao materialismo comunista chinês enquanto que a medicina ayurvédica acompanhou a trajetória da Yoga indiana acolhida pela filosofia espiritualista.

Svoboda e Lade apontam o uso do conceito de energia vital como principal elemento unificador e destacam a difusão do Budismo como elemento facilitador do intercâmbio entre esses sistemas reconhecendo porém o caráter empírico e particular de cada sistema.

Por outro lado, numa perspectiva  da integração do conhecimento produzido na cultura chinesa à atual medicina cosmopolita, apenas se inicia o interesse ocidental de psiquiatras (psicanalistas) por essa corrente mítico – religiosa. Na década de 1930 houve a tradução e comentário do “Segredo da Flor de Ouro” por Richard Wilhelm (1873-1930) e Carl Gustav Jung (1875-1961) e mais recentemente Alan Watts (1915-1973) escreveu o livro ”Psicoterapia oriental e ocidental” numa retomada deste interesse na década de 70. Pode-se dizer que houve também uma incorporação e difusão da acupuntura distinta da abordagem médica, físico-materialista, contudo também não plenamente aceita como científica, a contragosto dos representantes da psicologia analítica e contracultura com suas medicinas alternativas.

Segundo Jung é nesse importante texto, “A Flor do Ouro” que encontramos uma clara reflexão sobre a consciência, no seu sentido mais amplo e profundo incluindo as paixões, exigências instintivas  e o caminho ou forma de libertação dos opostos, segundo ele, comparáveis à psicoterapia ocidental (individuação). Atribui a esse livro (O segredo da Flor de Ouro) e ao Livro Tibetano dos Mortos (Bardo Thödol) seu interesse e compreensão da alquimia (européia) como um caminho de auto – conhecimento.  [9]

A descrição oriental detalhada do espírito, (o que inclui as formas de pensamento e controle corporal) e do processo em que a alma se separa do corpo, são os objetos desse saber. Para Jung assim deve ser interpretado o texto tibetano utilizado em rito fúnebre da grande libertação no Tibet - o Bardo Thodol que significa literalmente a  libertação pelo entendimento da vida após a morte..

A avaliação das possibilidades de perceber e conhecer o Eu verdadeiro independente dos condicionamentos dos órgãos dos sentidos, hábitos de raciocínio e os conjuntos de arquétipos e complexos de idéias do universo da psique são claramente detalhados nos textos orientais e ainda segundo o autor de uma psicologia do oriente e ocidente, excepcionalmente úteis para compreender os fenômenos de alteração da consciência, o sofrimento da psicose e transtornos mentais. 

Contudo os textos orientais ainda nos parecerão enigmáticos se vistos apenas como mítico – religiosos, embora nos obriguem a pensar sobre a realidade de sua aplicação à prática clínica.  As técnicas do yoga e acupuntura, por exemplo são utilizadas a milhares de anos e naturalmente houve um acumulo de experiência empíricas, conhecimento, que talvez provenham unicamente dessas experiências (?) como querem os cientistas apegados ao paradigma do materialismo científico.

a sabedoria da racionalidade mítica

Observe-se que a distinção entre mito e ciência, analisados á luz da antropologia estrutural, se realiza a partir de sua fundamentação na percepção (ciência ocidental) e na introspecção (mito) segundo Levi Strauss em seu clássico  Pensamento Selvagem.

Em nossa revisão, vale registrar, encontramos este fragmento de texto abaixo citado, que traz uma outra interessante coincidência, trata-se da descrição do método da introspecção utilizado no pensamento “mítico” chinês. No caso utilizado para "observar-se" e conhecer a mente ou shen - o espírito que comanda o hsing (corpo).

Lê-se no “livro do imperador amarelo”, o mais antigo compêndio da medicina tradicional chinesa:

"O shen não pode ser escutado com o ouvido, o olho deve ser brilhante de percepção e o coração deve ser aberto e atento para que o espírito se revele subitamente através da própria consciência de cada um. Não se pode exprimir pela boca; só o coração sabe exprimir tudo quanto pode ser observado. Se presta muita atenção, pode-se ficar a saber subitamente, mas também pode-se perder de repente esse saber. Mas shen, o espírito, torna-se claro par o homem como se o vento tivesse varrido as nuvens. Por isso se fala dele como do espírito." 

Observe-se a semelhança com as técnicas de meditação e auto observação que, como comenta Eliade, conduziu ao desenvolvimento de uma psicologia na Índia, que reconhece pelo menos quatro estados de consciência: a diurna; a dos sonhos; a do sono sem sonhos; e a cataléptica; experimentadas racionalmente por exercícios respiratórios e de atenção que permitem o acesso lúcido a cada um desses estados correspondentes a uma freqüência respiratória.

Sem as medidas do eletroencefalograma os indianos (e talvez os chineses) identificaram e tem propostas de intervenção nos fenômenos bio-elétricos mapeados por esse aparelho, inclusive dos estados de anestesia (ondas teta e delta), não mencionados por Eliade mas conhecido por faquires com suas técnicas de meditação e acupunturistas com suas agulhas e ervas.  

Observe-se porém que a concepção chinesa envolve cinco aspectos distintos da concepção indiana e pavloviana de estados fásicos, mas também se adéqua à prática das técnicas de meditação, embora explore o controle das regulações orgânicas (e existência extra corpórea) distinguindo alma etérea e corpórea (Hun e o Po) e os diversos aspectos ou qualidades do Chi, a esfera dos desejos (Yi reflexão) e a memória e força de vontade (Zhi). Um modelo sem dúvida mais complexo, mas ainda por ser decifrado em comparações étnicas e neuroantropológicas que articulem as emoções e a regulação orgânica.

Os exercícios de meditação relativamente semelhantes ao que conhecemos como técnicas de treinamento autógeno que são conhecidos e amplamente divulgados com dezenas de variações em escolas indianas, chinesas e tibetanas precisam ser devidamente estudados na ótica de uma possível etnopsiquiatria ou neuroantropologia.

a essência, o corpo e a mente

Os chineses concebem o homem como um microcosmo, o homem  é um elemento de conjunção dos pares contrapostos, Céu - Homem – Terra, que constituem os 3 principais elementos do mundo, o eixo yin / yang dos San Tsai (Tan T'ien). Essa imagem segundo Jung é uma representação antiqüíssima  que de uma forma semelhante em diversas regiões, cita como exemplo o mito africano ocidental de Obatala e Odudua (Céu e Terra) pais primordiais, que jazem em uma cabaça até que um filho, o homem surge entre eles.

O homem tal como um microcosmos, encerra a conjugação em si próprio dos contrastes e da dualidade. A tarefa de libertação no pondo de vista oriental e da psicoterapia ou individuação na proposição Jungniana é compreender este processo ou sua origem.  Ambas concepções se constituem como caminhos de trazer calma e paz de espírito, (harmonia com o Tao) condição essencial para manutenção e recuperação da  saúde.

Acupuntura requer portanto o conhecimento e concepção de espírito? O Shen referido, denota um aspecto imaterial do ser - o espírito, equivalente à psique? A mente ou psique é um instrumento de transformação de símbolos - a energia psíquica. Na concepção jungniana das técnicas de meditação/libertação.

Numa concepção mais restrita a expressão Shen (às vezes traduzido por espírito e as vezes por sentimento) designa a manifestação exterior da vitalidade do corpo e em um sentido estrito representa a consciência que comanda o Coração e atividade mental. Esta compreensão está associada no referido sistema conceitual dos San Tsai (Tan T'ien) ao Jing (traduzido como essência ou Chi ancestral) que corresponde ao meridiano, e funções do rim na acupuntura e também o que os indianos conhecem como "karma" e nós (ocidentais) como determinação genética, na medida em que descreve nossa vitalidade como potencial herdado. O Qi, na acupuntura assume muitas formas ou significados condizentes com a função que exerce em cada momento.

O diagrama, abaixo referido,  mostra a relação entre o Shen, Jing e órgãos responsáveis pela assimilação e distribuição da energia Qi do ar e alimentos.  O Tien é o princípio cósmico imaterial; Qi, “ a raiz do homem”, (seu ideograma pode ser decomposto em grão de arroz e vapor) e Jing é a energia ancestral que se conserva no meridiano dos rins.


O Qi circula em um fluxo interno, transforma a essência do alento e a energia espiritual (shen). Atravessa os campos de transformação os 3 (san) jiao: shang Jiao (alto - suspender);  zhong Jiao (meio) e  Xia Jiao (baixo inferior) conforme a Doutrina Médica Chinesa, segundo o Huangdi Neijing obedecendo as leis as leis do  Yin/Yang e dos 5 elementos.



o espírito e o coração

Como é amplamente conhecido um grande numero de povos, inclusive nas nossas concepções populares e cristãs, atribui-se os sentimentos e algumas funções da mente ao coração. Segundo as antigas teorias expressas por exemplo no Ling Shu (parte integrante do livro do imperador amarelo) é o coração que “reúne o espírito”. O coração comanda vasos e encerra o pulso e o pulso é a morada do Shen. O ponto que localiza-se nessa região do braço correspondente ao meridiano do coração chama-se Porta do espírito (Shen Men)

Na pratica da acupuntura, talvez numa dimensão não apensas simbólica, mas exercida com o uso de agulhas em pontos específicos ... acalmar o coração é uma forma de acalmar o espírito.

Sabemos entretanto que textos mais recentes do sec. XVI e XVIII  já reconhecem como do cérebro as funções da memória e inteligência e percepções decorrentes dos órgãos dos sentidos. Na época Ming, Li Zhi Zhen (1518-1593) afirmava que o "cérebro" é a morada do Shen original (Yuan Shen) ou espírito.

 Essa "descoberta" porém não constituiu uma contradição às tradições que também afirmava que o espírito e o cérebro estão unidos pelo sangue ("O Qi empurra o sangue (Xue). O sangue nutre o Qi").  Além do que como pode ser constatado em qualquer manual de acupuntura moderno existem estratégias de diagnóstico e tratamento com agulhas, moxabustão e ervas medicinais para as diversas patologias neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas e psicossomáticas diagnosticadas como doenças nervosas no ocidente desde a evolução da medicina hipocrática (a quem se atribui a descoberta da relação entre o cérebro e a mente) em direção a medicina ocidental cosmopolita.

Entre as primeiras iniciativas de integração da medicina tradicional chinesa com a medicina ocidental deve-se destacar as contribuições da Revolução Cultural e Ministério da Saúde Pública da República Popular da China, propondo estrategicamente a criação de profissionais de nível médio versados em medicina tradicional chinesa e saúde pública, denominados Médicos de Pés Descalços e principalmente um caminho para sua formação onde se destaca a revisão do ensino da acupuntura. Foi elaborado o “livro dos quatro institutos” uma reunião das diversas tendências e escolas de acupuntura (Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing; Academia de Medicina Tradicional Chinesa).

Um livro que também re-apresentou a acupuntura ao ocidente e já incluía as concepções de patologias do ocidente, em nosso caso a histeria, distúrbios mentais depressivos e maníacos além de diversos sinais e sintomas de doenças neurológicas e psicossomáticas tipo insônia, ansiedade, impotência, ejaculação precoce, enurese noturna etc.

Não se deve esquecer também que os chineses antigos já reconheciam o órgão cérebro (mar de medula) e lhe atribuíam funções próximas das modernas concepções. Lê-se no Ling Shu: ..." o mar da medula em excesso significa um relaxamento muscular que ultrapassa a medida"... O que pode muito bem ser referências ao coma, estupor ou paralisia flácida numa escala de gradações do relaxamento e ..."o mar de medula em insuficiência provoca zumbidos de ouvidos com atordoamento do “cérebro” (vertigens). Observa-se dores intensas nas pernas, vertigens e perturbações na vista. O relaxamento incita ao sono"...

Enigmáticas entretanto continuam as relações entre este órgão e a mente, tanto para os gregos tal como evidenciam as divergências entre Hipocrates (460 – 370 a.C.) e Aristóteles  (384-322 a.C.) como para a moderna neurociência que ainda se vale de distintos modelos (a exemplo dos citados acima derivados da concepção pavloviana) utilizados nas distintas especialidades médicas (neurologia, endocrinologia, psiquiatria, anestesia, fisiatria, foniatria) e paramédicas (psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia etc.) entre as quais está se inserindo o profissional de acupuntura.

Para alguns patologias autores modernos tem pesquisado equivalências aos desequilíbrios e agravos descritos na medicina chinesa antiga (a exemplo da síndrome dian kuang considerando a forma de classificação das emoções, (ética de relações interpessoais), a mente - espírito e o comportamento adequado (inclusive dietético) nas diversas estações do ano, um equilíbrio entre fatores internos e externos como se aprende nos ensinos de Huang di, o “Imperador Amarelo em dialogo com seu médico e aprendiz Qi Po.



Referências

1 COSTA Paulo Pedro P. R. O "mar de dentro" um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema etnomédico chinês. Monografia para conclusão do Curso de Acupuntura Sistêmica e Auriculoterapia na Escola Científica de Acupuntura - CLIMA
filiada à Associação Brasileira de Acupuntura seção Bahia  tendo como Orientador: Prof. Jurecê J. Machado. Salvador,  julho de 2000

2 MAUSS Marcel. Sociologia e antropologia. SP: Cosac Naiify, 2003

3 MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa. SP: Roca, 2015

4 PAVLOV, Ivan P. O problema do sono (1935) in: PAVLOV, Ivan P. Reflexos condicionados e inibições. RJ: Zahar, 1972

5 ASTRUP, Christian. Psiquiatria pavloviana, a reflexologia atual na prática psiquiátrica. RJ: Atheneu, 1979

6 RAICHLE, Marcus E. A energia escura do cérebro. Scientific American Brasil, Edição especial neurociência 1; (26-31), fevereiro – março de 2014. São Paulo

7 LURIA, Aleksandr R. Fundamentos de neuropsicologia. RJ: Livros Técnicos e Científicos. SP: EDUSP, 1981

8 SVOBODA, R; LADE, A. Tao e Dharma, medicina chinesa e ayurveda. SP: Pensamento, 1998

9 JUNG, Carl G. Psicologia e religião oriental. RJ: Zahar, 1986

10 ELIADE, Mircea. Yoga: imortalidade e liberdade. SP, Palas Athena, 1996

11 ELIADE, Mircea. Patañjali e o Yoga. Lisboa: Relógio d’água, 2000

12  WANG, Bing Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia Tang – Edição bilíngue). SP, Ed Ícone, 2001

ver também

NEI CHING, O livro de ouro da medicina chinesa, RJ, objetiva. reedição da primeira tradução para língua portuguesa publicado por Editora Minerva, Pt, 1940

LING – SHU, Base da acupuntura da medicina tradicional chinesa. Tradução e comentários de Ming Wong. SP, Andrei, 1995

JUNG, C. G. Tipos Psicológicos. RJ: Zahar, 1974

JUNG, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês. RJ, Vozes, 1992

LEVI-STRAUSS, C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia Ed Nacional, 1976

LEVI-STRAUSS, C. A Natureza do Pensamento Mítico, IN: A Oleira Ciumenta São Paulo, Ed Brasiliense, 1986

MAIESE, Kenneth. Visão geral de coma e consciência prejudicada. Manuais MSD / Merk. https://www.msdmanuals.com (acesso em Junho de 2018)

WATTS Alan W. Psicoterapia oriental e ocidental. RJ, Record, 1972


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